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	2ª Edición / 252 págs. / Rústica / Português/Inglês / Livro
| Em papel: Artigo disponível, envio imediato. | R$ 150,00 | |
Texto da quarta capa:
 Nos últimos 25 anos vimos a ascensão da judicialização da política,
 as críticas desmedidas e interessadas à Constituição de
 1988 e uma série de tentativas de derruição das instituições
 forjadas sob a Nova República, até a extrema-direita alcançar
 o poder, na esteira do golpe de Estado de 2016.
 Neste pequeno interregno da história do Brasil, experimentamos
 a afirmação de uma pauta nunca afastada de fato da vida
 nacional: a do regime de força imposto ao país em 1º de abril
 de 1964. Não fizemos a nossa transição para a democracia pela
 justiça nos anos 1980 e perdemos a oportunidade histórica de
 blindar o futuro contra o retorno da boçalidade violenta e militarizada,
 alicerçada pelos interesses dos meios de comunicação
 de massa oligopolizados.
 A nossa tradição se constituiu entrelaçada com o antiliberalismo.
 Isto significa dizer não somente que a forma burguesa do
 Direito ? que tem nas normas jurídicas escritas a possibilidade da
 estabilização de expectativas (certeza e segurança jurídicas) o
 seu alicerce mais básico ?, é descartável. (...) Nós fomos forjados
 em um caldo cultural que não só se reproduziu historicamente
 de exceção em exceção, mas que se locupletou das hierarquias
 sociais e dos variados hiatos democráticos para exercer
 seu domínio pela violência.
 Sim. Somos autoritários na origem, no processo e estamos longe
 de afastar a autocracia como horizonte de expectativas. Entendemos
 diferentemente de liberais como Norberto Bobbio, para
 quem as leis garantem e possibilitam a democracia. Acreditamos
 piamente que as instituições devem ser as sombras alongadas
 dos homens e mulheres que as controlam, exatamente
 como os reacionários do século XIX. O que me faz concluir que
 a revolução democrática brasileira ainda não se realizou e,
 ainda hoje, entender os fundamentos constitucionais e teóricos
 do atraso torna-se fundamental para a luta pela democracia.