Sistema Penal e Decolonialidade: Abordagens da Violência Institucional contra Povos Indígenas no Brasil

Sistema Penal e Decolonialidade: Abordagens da Violência Institucional contra Povos Indígenas no Brasil
Recomende a um amigo Adicionar aos meus livros
Livro eletrônico*:
Disponível na versão pdf drm Nuvem de leitura disponível
R$ 60,00
Para visualizar os livros eletrônicos, você deve ter instalado Adobe Digital Edition no seu computador. Para saber mais, pressione aqui


Texto de contracapa: O Brasil tem como característica marcante sua multiculturalidade, tendo esculpido no preâmbulo de sua Constituição a instituição de um Estado Democrático destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceito. A dignidade da pessoa humana toma posição destacada no artigo 1º e, em relação aos povos indígenas, o artigo 231 reconhece a organização social, costumes, línguas, crenças e tradições.

Por outro lado, diante da utilização de um controle penal incisivo e altamente punitivo chama a atenção o impacto das heranças colonizadoras, autoritárias e repressivas nas dinâmicas penais e carcerárias atuais. O sistema penal se constitui em um cenário de sistemáticas e cotidianas reproduções de violências, caracterizadas especialmente pela seletividade racial. A violência institucional opera intensamente quando envolve grupos sociais específicos. A vulneração de grupos sociais atinge a dignidade humana e a distribuição de políticas de respeito a direitos e assistências (saúde, jurídica, social, educacional, laboral etc.), o que é potencializado no âmbito do sistema penal.

É impreterível repensar o direito e a formas de justiça penal, considerando a impregnação da colonialidade, que ainda explora, violenta e silencia os povos indígenas durante séculos no país, como também reclamar de forma urgente perspectivas de enfrentamentos a partir do respeito às diversidades e diferenças culturais. A cultura de resistência ao sistema penal, entrelaçada com a questão indígena, deve se atentar às novas perspectivas, adotando-as como estratégias de luta novos caminhos em torno da compreensão do direito e da justiça.

Sendo assim, o livro busca analisar o contexto de negação de direitos, a fim de compreender a compostura de violação da cultura, e a forma como o poder punitivo estatal, através do sistema penal, adota, de certa forma, um tratamento jurídico-penal de cunho etnocida. A obra pretende contribuir com a intensificação da cultura de resistência, a qual deve propor o surgimento ou ampliação de programas de enfrentamento à própria realidade concreta da punição, a fim de reavaliar e potencializar estratégias de luta em total defesa da dignidade humana.

Digite um comentário
últimos livros visitados
Livros escritos por
Se os resultados não forem carregados automaticamente, pressione aqui para carregar
Se os resultados não forem carregados automaticamente, pressione aqui para carregar