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1ª Edición / 237 págs. / E-book / Português / Livro
Os poemas publicados por autores de diferentes áreas na coluna "Direito e Arte" do site Empório do Direito, durante os anos de 2018 a 2022, encontram-se cronologicamente reunidos em quatro livros, cuja sequência de títulos coloca em jogo os termos Poesia e Direito: "Pelo Direito da Poesia!"; "Pela Poesia do Direito!"; "Pela Poesia no Direito!"; e "Pelo Direito na Poesia!". Mas afinal, onde reside a poesia? )
Como encontrar o endereço de sua mágica morada?
Percorrendo o mapa interno dos quatro volumes, o leitor se depara com a vizinhança entre duas formas de arte ? poemas e fotografias ? que se associam (conforme seleção da organizadora Taysa Matos) em torno da poesia, essa habitante de diversas moradas. O poeta e ensaísta mexicano Octávio Paz, em um dos capítulos do seu livro "O Arco e a Lira", obra teórica de forte viés poético, afirma que "uma tela, uma escultura, uma dança são, a seu modo, poemas. E esse modo não é muito diferente ao do poema feito de palavras. A diversidade de artes não impede sua unidade". A poesia mostra não ter residência fixa, antes transita por diferentes campos da arte e da vida, expressando-se por meio de diferentes signos: da móvel arquitetura das palavras aos diversos ângulos da fotografia; da tela pintada à contemplação de uma paisagem; do eu lírico ao eu social; das narrativas da ficção às narrativas da história; do privado mundo interior ao público espaço das relações humanas. Afinal, voltando aos sábios ensinamentos de Octávio Paz: "paisagens, pessoas e fatos podem ser poéticos: são poesias sem ser poemas".
Marisa Aurea de Sá Falcão
Doutora em Literatura e Cultura (UFBA)