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1ª Edición / 228 págs. / Rústica / Português / Livro
Em papel: Artigo disponível, envio imediato. |
R$ 168,00 | |
Texto da contracapa: A tese defendida de que o habitus colonizador não superado no Brasil foi reforçado no período dos governos militares provoca reflexão até mesmo naqueles mais interessados pelo tema, e mostra o quão grande é o desafio de identificação dos grupos e comunidades específicas que foram mais intensamente vitimados pela ditadura, por se tratarem de grupos já vulnerabilizados, onde práticas autoritárias já estavam instaladas.
Até pouco tempo, os estudos eram concentrados nos grandes centros urbanos ou categorias com notoriedade, e este trabalho é um instrumento de registro importante para aqueles que resistem e insistem.
A implementação de um regime de exceção contra povos originários que, como bem destacou o autor, apesar de fortes e presentes, têm sua cultura e modos de vida invisibilizados e envoltos em preconceitos e estigmas, foi a manutenção potencializada da situação de vulnerabilidade a que estes povos estavam expostos.
É certo que a violência contra os indígenas não foi restrita ao lapso temporal em questão, mas o habitus colonizador já existente preparou um caminho pavimentado para acelerar a instalação da ditatura militar.
Embora o Governo Ditatorial Militar tivesse práticas bem semelhantes em todo o território nacional, dadas as múltiplas desigualdades da sociedade brasileira, esta é afetada de formas distintas. Dessa forma, ao se localizar a pesquisa no Estado do Rio Grande do Sul e desenhar o cenário da relações pré-ditadura, é possível verificar o que a colonização daquele território, principalmente contra os povos originários, tem de diferente com o restante do país, assumindo, desde já, que nunca será igual.
O compromisso do autor com a defesa dos direitos humanos nos traz a segurança de uma leitura baseada em critérios científicos, mas muito bem posicionada na árdua luta daqueles e daquelas que dedicam sua carreira profissional e militância por uma causa de vida e para a vida.
Tendo como fonte primária a fala destes povos sobre suas próprias vivências no período da ditadura, além de um amplo trabalho de pesquisa documental, este trabalho deixa evidente como a falta de memória, verdade e justiça em relação ao que ocorreu com os povos originários, naquele período ditatorial, ainda se estende no tempo e se encontra fortemente presente nas disputas que acontecem no país.
Marleide Ferreira Rocha