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1ª Edición / 185 págs. / Rústica / Português / Livro
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A violência, como própria de todos os seres humanos, faz parte do cotidiano da humanidade desde os seus primórdios, seja como forma de sobrevivência, defesa, subjugação, ou como forma de impor o poder. As características gerais de seu conceito podem assumir concepções diversas no tempo e no espaço, obedecendo padrões culturais de uma época ou grupo, o que é perceptível pela dificuldade semântica de seu conceito.
É seu objeto e método de investigação que pode acentuar um ou mais aspectos e ela pode ser estudada à luz da sociologia, antropologia, biologia, psicologia, filosofia e direito, entre outros ramos.
O conceito fluido de violência pode se enquadrar em categorias abstratas e polissêmicas que dependem de concepções constituídas pelos sujeitos que integram um grupo social e, nessa toada, é conveniente pensá-la como um conceito em movimento, produzido por fatores conjunturais (históricos, sociais e culturais).
A obra representa uma antítese ao pensamento que Steven Pinker, renomado professor de Harvard, desenvolve na obra The better angels of our nature ? why violence has declined, publicada em 2013, de que a humanidade passa por seu mais pacífico período histórico e que atualmente se vive no melhor dos tempos, pois o humano já fora muito mais violento no retroceder de sua história evolutiva.
A partir de um descortinamento sobre o significado do vocábulo "violência", procura-se demonstrar que a civilização refinou e burocratizou a violência, que as raízes ideológicas apontadas por Steven Pinker para justificar o suposto declínio devem ser repensadas e que o mito do progresso não explica coisa alguma. É necessário transcender o argumento reducionista e interpretar a violência como fenômeno que vai além de sua manifestação evidente presente na organização social, eis deve ser percebida de forma heterogênea e multifacetada. O invisível não é quantificável!