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1ª Edición / 197 págs. / Rústica / Português / Livro
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Logo no início do romance A Peste, de Albert Camus, o narrador nos alerta que os flagelos são comuns, "mas é difícil acreditar neles quando se abatem sobre nós". Tanto as pestes quanto as guerras sempre existiram, contudo, ambas sempre nos pegam desprevenidos. Quando estoura uma guerra as pessoas pensam "não vai durar, seria idiota". Mas a sua idiotice não lhe impede de durar, porque, assim como nas pestes, as pessoas não deixam de pensar em si próprias, e continuam a fazer negócios e preparar viagens, como se o flagelo não lhe interditasse o futuro. A humanidade faz pouco caso do flagelo porque crê que "o flagelo não está à altura do homem", como se ele fosse algo episódico, irreal, que logo passará. Assim, conseguimos isentar-nos de culpa e continuar com nossos afazeres cotidianos, alheios às bombas que caem.
Deste março de 2020 estamos imersos em um desses flagelos: a pandemia de coronavírus habita nossos hábitos e mentes. Nossos costumes foram completamente modificados pelo vírus. Com o futuro em suspensão, em um hiato de nossos projetos de vida, vamos tateando no escuro uma saída que nos leve para longe da peste que interrompeu nosso cotidiano. Os esforços estão dirigidos na tentativa de recolocar as coisas em movimento, reorganizando as peças em um arranjo que se assemelhe aquilo que tínhamos antes da crise.