Gênero, violência e tecnologias de resistência

O Grupo de Trabalho "Gênero, violência e tecnologias de resistência", do qual resultou a presente obra, propõe atravessar algumas questões e propor formulações criativas para pensar outras formas de enfrentamento da violência de gênero, compreendendo os movimentos sociais compartilhados, que se valem de recursos de tecnologias de informação como estratégias de resistência. As interrogações buscam provocar análises sobre o tema e consistem em: a) De que modo o poder punitivo, constituído historicamente, vem enfrentando a chamada violência de gênero e a violência contra a mulher? b) Qual/s o/s local/s do/s discurso/s acadêmico/s nesta dinâmica e como podem esses discursos se expandirem para além da academia? c) Quais são os delineamentos para um saber crítico de recorte transfeminista, que leve a sério alternativas ao enfrentamento da violência de gênero para além de estruturas punitivas, principalmente estatais, hierarquizantes ou identificadoras? d) Como promover aproximação das ferramentas digitais como elemento estratégico? e) E ainda, se é possível e de que forma é possível se construir formas alternativas como mecanismos de resistências à violência de gênero a partir de uma leitura política democrática no Brasil de hoje, sobretudo considerando os desafios a serem enfrentados diante dos retrocessos que se anunciam? São questões que animam nossa proposta, articulada com desafios contemporâneos que abrangem diferentes áreas de sabem.