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Breve apresentação da obra: A apropriação das democracias pelo chamado neofascismo capitalista, o capitalismo das grandes corporações, que tudo compra - da mídia à política -, produz um novo modelo de Estado corporativo, totalitário, fundamentalista e religioso, destinado à proteção de 1% de corporações, bancos e bilionários e controle policialesco do povo para total obediência ao poder econômico no modelo de produção desejado, dócil, descartável e de custo quase zero. Portanto, no marco de uma reviravolta mundial de restrição de liberdades e apologia contra direitos humanos, dominada por um capitalismo fi nanceiro selvagem, o livro promete uma refl exão sobre fatos contemporâneos e seu impacto no direito e na democracia mundial, tendo por pano de fundo a situação brasileira. Não é mera casualidade a conexão desta encruzilhada no Brasil com a ascensão da ultradireita no plano mundial: o capitalismo do 1% necessita operar e acumular em escala global, dividindo suas políticas genocidas em dois planos, neste primeiro momento: uma modalidade para países ricos, recriadora da distopia xenofóbica (ódio aos migrantes) e outra para países periféricos, voltada à aporofobia (medo e ódio de pobres e vulneráveis). Difícil é identifi car manobras de manipulação popular quando se está inserido no contexto dos acontecimentos, pois é necessário reestudar a história com viés crítico e questionar o apoio das massas às regressões civilizatórias. No entanto, uma vez descoberto o modus operandi e os sórdidos objetivos por trás destes movimentos, se torna um dever esclarecer as pessoas sobre a verdade. Assim, a denúncia dessa manobra das massas com a construção de "consensos" estimulados pelo total controle dos aparelhos de propaganda e doutrina é premente, como também a construção de meios que possam determinar o esclarecimento das pessoas e as saídas necessárias dessa armadilha de magnitude atômica, que ameaça produzir um mundo conformado pelo ódio e pelo massacre das pessoas vulneráveis e das que criticarem o "novo" sistema, que opera com a politização do medo, pois, como bem apontou Thomas Hobbes, o medo é o mecanismo de controle social mais primário e eficaz.

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